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Leitura: Beber e Dirigir

BEBER E DIRIGIR

Créditos fotográficos: Bigstockphoto
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  • O consumo de bebida alcoólica foi o fator contribuinte de 80%
    dos 131 casos de acidentes de trânsito com vítimas fatais registrados em Manaus em 2015.
  • Um levantamento de 2013 do Ministério da Saúde do Brasil revelou que, entre as pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, 22,3% dos condutores, 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram consumo de álcool. Em 2012, o abuso de bebidas alcoólicas e o excesso de velocidade foram responsáveis por 120 de 183 acidentes de trânsito fatais registrados em Curitiba, 65% do total, segundo o Comitê de Análise dos Acidentes de Trânsito.
Um motorista sob a influência do álcool corre um risco 11 vezes maior de morrer num acidente de trânsito do que aqueles motoristas que não têm álcool no corpo.

Para a maior parte das pessoas, isto são só estatísticas — chocantes talvez, mas apenas estatísticas. Mas para as famílias e amigos das pessoas que morreram porque alguém estava dirigindo embriagado, cada número representa uma perda trágica.

O álcool distorce as percepções e o discernimento das pessoas. As pessoas que se encontram sob a influência do álcool facilmente admitem que o tempo de reação delas é menor do que quando não bebem e, além disso, ficam expostas a riscos maiores do que se estivessem sóbrias. Muitas vezes esses riscos são fatais.

Compreendendo como o álcool afeta o corpo

O álcool é absorvido pela corrente sanguínea através de pequenos vasos sanguíneos que se encontram nas paredes do estômago e do intestino delgado. Dentro de minutos depois da ingestão de álcool, este vai do estômago ao cérebro, onde rapidamente produz um efeito, retardando a ação das células nervosas.

Cerca de 20% do álcool é absorvido através do estômago. A maior parte dos 80% restantes é absorvida através do intestino delgado.

O álcool também chega ao fígado pela corrente sanguínea. O fígado elimina o álcool do sangue por um processo chamado “metabolismo”, isso o converte em uma substância não-tóxica. O fígado só consegue metabolizar uma certa quantidade de álcool de cada vez, deixando o excesso circular pelo corpo. É por isto que a intensidade do efeito do álcool no corpo relaciona-se diretamente à quantidade de álcool consumido.

Quando a quantidade de álcool no sangue excede um certo nível, o sistema respiratório fica muito lento e isto pode causar coma ou morte, porque o oxigênio já não chega ao cérebro.